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Pequena estudante!


Uma nova etapa nas nossas vidas, tanto na minha e principalmente na vida da Manu. Começa agora, uma nova fase, onde a cada dia ela se torna menos dependente de mim, e consequentemente eu mais dependente dela.

Há um período em que os pais vão ficando orfãos dos seus próprios filhos. É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados. Crescem sem pedir licença à vida. Mas não crescem todos os dias de igual maneira. Crescem de repente.


Até ontem estava embalando minha pequena com canções de ninar, segurando a sua mãozinha a onde quer que fosse para não cair e se machucar, hoje estou vendo ela dar seu primeiro passo ao futuro, largando a minha mão e indo caminhar sozinha.


Hoje é apenas o primeiro dia na escola, primeira sala, primeira professora, primeiros trabalhinhos. Amanhã será um futuro brilhante! Agora é apenas o começo de uma estrada, uma longa estrada.

Quando a mamãe ama!


Nunca imaginei poder amar assim.

Querer alguém tão bem mais do que quero a mim.

Minha filha você tem o amor da mamãe pra sempre!


Cuidar de você é minha alegria.

Sentir o teu cheiro, te tocar.

Pegar sua mão e caminhar na vida.

Ouvir sua voz me chamar!


Pode precisar de mim, minha filha te amo!

Não importa a hora nem o lugar.

Quero estar ali pra te ajudar.

Um sorriso, um olhar, faz valer a pena.

Nenhum sacrifício é tão grande quando mamãe ama!


Eu sei que nem sempre vou conseguir, às vezes preciso te deixar ir.

Mas mesmo de longe vou te acompanhar.

E quando quiser, é só me chamar!


Recado de um filho para seus pais

Não tenham medo de serem firmes comigo, prefiro assim, isso faz com que eu me sinta mais seguro. Não me estraguem , sei que não devo ter tudo o que eu quero. Só estou experimentando vocês, não deixem que eu adquira maus hábitos, dependo de vocês para saber o que é certo ou errado. Não me corrijam com raiva e nem na presença de estranhos, aprenderei muito mais se falarem com calma e em particular. Não me protejam das conseqüencias de meus erros, às vezes prefiro aprender pelo caminho mais áspero. Não levem muito a sério minhas pequenas dores, necessito delas para obter a atenção que desejo. Não sejam irritantes ao me corrigir, se assim o fizerem eu poderei fazer o contrário do que me pedem. Não me façam promessas que não poderão cumprir, lembrem-se de que isso me deixará desapontado. Não me mostrem um Deus carrancudo e vingativo, isso me afastará dele. Não desconversem quando faço perguntas, senão procurarei nas ruas as respostas que não tive em casa. Não se mostrem como pessoas perfeitas e infalíveis, ficarei chocado quando descobrir algum erro seu. Não digam que meus temores são bobos, ajudem-me a compreendê-los. Não digam que não conseguem me controlar, eu julgarei que sou mais forte que vocês. Não desistam de me ensinar o bem, mesmo que eu pareça não estar aprendendo.
No futuro, vocês verão em mim o fruto daquilo que plantaram.

Fases


Com a minha "grande" descoberta sobre recém nascidos eu achei que ia ser mais fácil, mas nem tudo são flores, existem os frutos e frutos bem amargos. A fase das cólicas, noites mal dormidas, cansaço, palpites de todos os lados, que se fosse seguir à risca os conselhos teria que colocar a Manu pra dormir de ponta cabeça pendurada no varal no dia de lua cheia, rs (exagero, mas quase lá). Passado tudo isso, a cada dia a cada aprendizado a mãe com mais experiência vai tornando as coisas mais fáceis. Ai vem a fase do sentar sem apoio, do ficar de pé nos móveis, começar a dar os primeiros passos, suas primeiras aventuras subindo em tudo que tiver apoio, e confesso a melhor fase: começar a falar.

Dou tanta risada com as coisas que a Manu me diz, e faz que tem horas que é impossível chamar a atenção dela quando está fazendo algo errado.


A primeira "bronca" que ela me deu foi a poucos dias, com apenas 1 ano e 6 meses. Estávamos jantando, ela sentada em sua cadeirinha comendo sozinha, bonitinha, e eu a mãe mais criança que a filha comecei a cantar "A Galinha Pintadinha" que ela adora, mas como eu sempre falo pra ela que na hora da refeição tem que ficar comportada, Manu por sua vez se viu no completo direito de me chamar a atenção:


-Mamãe, xiiiu, feio!


Com o seu pequeno dedinho apontado em minha direção, pode uma coisa dessas?


Tá! e agora?

Nunca essa pergunta teve tanta intensidade na minha vida quanto no dia em que a enfermeira entrou no quarto da maternidade com aquele bebezinho nos braços me parabenizando, colocou no meu colo aquele ser que eu tinha acabado de conhecer, mas que era a coisa que eu mais amava na vida, só que um detalhe: não sabia o que fazer! O "tchau mamãe, se precisar é só chamar" não foi o suficiente, como assim SE precisar? Enfim, tudo bem.
Naquele momento olhei para o que estava em meus braços, a ficha caiu, minha filha. Ela estava dormindo como um anjinho, fiquei ali admirada olhando e pensando como podia ser tão linda, eis que esse momento não durou muito logo ela começa a chorar, não não, chorar não berrar!!! Ai a pergunta Tá! e agora? O que eu faço? Olhei para o leito ao lado, tinha uma mãe assim na mesma situação que a minha, porém ela não era de primeira viagem, ou seja, agia com a maior naturalidade, aquilo pra ela não era nenhuma novidade. Eu olhava o que ela fazia e fazia igual com a Manu, tentei amamentá-la, ela não quis, levantei com a maior dificuldade por causa da cesária, não adiantou, tentei de tudo faltou apenas das três pulinhos... agora é engraçado mas na hora todas as tentativas foram em vão, ela não parava de chorar, a moça me ofereceu ajuda, eu falei que não precisava que ela já estava cuidando da bebê dela, que conseguiria dar conta. Mas não consegui, com o berreiro todo que a Manu estava fazendo a enfermeira (a mesma que me abandonou) foi ao quarto ver o que estava acontecendo, a constatação foi que a pequena estava com a fralda cheia, coisa simples, e eu quase morri pra fazê-la parar de chorar! Como um passe de mágica a enfermeira, saiu e a trouxe de volta em pouco minutos com a fralda limpinha, e dormindo profundamente. Depois procurei onde estaria o botão de ON/OFF, não era possível, um minuto atrás estava aos berros e agora dormia!
Desse episódio entendi que o recém nascido precisava estar alimentado, limpinho, quentinho. Ufa, nada tão difícil e desesperador. Estava pronta pra próxima fase!

Beijos

Nove meses depois



"Como pode alguém ser tão demente, porra louca, inconsequente e ainda amar."




No auge dos meus 19 anos, era época em que eu estava mais perdida que surdo em bingo, pirando a minha mãe com as loucuras que eu fazia, era o momento que eu menos queria me prender a alguma coisa, não ligava pra nenhum compromisso, parei de trabalhar, minha vida era apenas balada 24 horas por dia, na minha casa eu era turista.


Entre idas e vindas de um namoro nada firme de praticamente 2 anos, numa tentativa de reconciliação, a bobeada mais certa que fiz na minha vida, engravidei!


Ai meu Deus, a realidade estava batendo na minha cara, mas nem assim eu não quis enxergar que aquilo estava acontecendo comigo, protelei a "descoberta" dessa gravidez 3 meses, com livre e espontânea pressão da Sra. Drigo, a irmã que escolhi pra vida, fui fazer o famoso teste do "Agora ou Nunca" , duas listrinhas foram o que marcaram o meu futuro até então incerto.


A pergunta que martelava na minha cabeça depois das listrinhas era: Por que Deus deu uma responsabilidade imensa que é ter um filho, pra uma pessoa que era a mais porra louca das amigas, a mais inconsequente? Como é que vou conseguir cuidar de outra pessoa se não cuido nem de mim mesma?


E a resposta de todas as perguntas era que nunca pode se subestimar, eu tinha sim capacidade pra ser outra pessoa, que eu tinha acima de tudo responsabilidade e maturidade pra prestar aquele papel que me foi submetido. E assim uma mãe foi se formando, desde a primeira ultra-sonografia onde eu escutei a primeira vez os batimentos do meu segundo coração, onde ali eu senti que realmente estava formando uma vida, isso é a coisa mais fantástica, sentir a barriga mexer com os movimentos dela, enfim, até o nascimento.


Às 21:35 do dia 1 julho de 2008, nasce então o meu pedacinho de gente, junto com ela nasce também um sentimento incrível e inexplicável. A partir dai que começou a minha verdadeira história, que eu contarei nos próximos posts, que prometem mais humor, com as situações passadas com a Manu e com as aprontações dela.




Beijos!


Com muito orgulho lhes apresento minha obra-prima!


Nunca tive interesse de ter um blog, confesso que por falta de paciência de atualizar os fatos.
Mas com toda evolução da minha filha, cada dia uma surpresa, uma alegria, uma descoberta nova, resolvi que deveria guardar essas lembranças em algum lugar, para que ela mais tarde possa ler, porque pra mim tudo ficará guardado na memória como momentos inesquecíveis.

Deixarei registrado aqui tudo que tiver a maior importância pra mim e pra minha linda borboletinha Manu.

Mesmo sendo inacreditável, cada dia eu a amo mais, como? Não sei, mas a cada dia que passa, cada palavra que ela diz, a cada sorriso, eu consigo amá-la mais ainda, talvez a explicação seja que amor de mãe é incondicional e parece tão irreal que seria capaz de dar a própria vida pelo pedacinho de carne que foi tirado do meu corpo, porque é assim que eu a vejo, como uma extensão de mim mesma, um pedaço do meu coração fora do meu corpo, pode até parecer egoísmo, mas não é- muitas mães acho que pensam exatamente como eu.

Bom acho que de primeira já consegui passar o propósito desse blog. Então termino por aqui com uma frase que digo à Manu todas as noites, bem baixinho em seu ouvido depois que adormece:
- Filha, meu coração bate conforme o teu, pois minha vida agora é sua. Te amo muito, estarei aqui pra te proteger de tudo que for ruim. Dorme com os anjinhos!
Beijos para todos, tchau!