Dedico esse poema de Cecilia Meireles à minha bailarina:
A Bailarina
Essa menina tão pequenina quer ser bailarina.
Não conhece nem dó nem ré, mas sabe ficar na ponta do pé.
Não conhece nem mi nem fá, mas inclina o corpo para cá e para lá.
Não conhece nem mi nem fá, mas inclina o corpo para cá e para lá.
Não conhece nem lá nem si, mas fecha o olho e sorri.
Roda, roda, roda com os bracinhos no ar e não fica tonta nem sai do lugar.
Põe no cabelo uma estrela e um véu e diz que caiu do céu.
Esta menina tão pequenina quer ser bailarina.
Mas depois esquece todas as danças , e também quer dormir como as outras crianças.