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Minha pequenina bailarina


Dedico esse poema de Cecilia Meireles à minha bailarina:




A Bailarina






Essa menina tão pequenina quer ser bailarina.






Não conhece nem dó nem ré, mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá, mas inclina o corpo para cá e para lá.






Não conhece nem lá nem si, mas fecha o olho e sorri.






Roda, roda, roda com os bracinhos no ar e não fica tonta nem sai do lugar.






Põe no cabelo uma estrela e um véu e diz que caiu do céu.




Esta menina tão pequenina quer ser bailarina.




Mas depois esquece todas as danças , e também quer dormir como as outras crianças.















A Manu só pensa em comer!


Domingo minha querida garotinha comilona acorda, olha pra mim e pergunta:


-Me ama, mamãe?


Eu já toda derretida respondo:

-Sim, muito e você me ama?

Eu esperando a maior das respostas, aquela que encheria meu coração de alegria, escuto isso:

-Eu amo a ancheila (lancheira)!



Hãm? minha filha ama mais a lancheira do que a própria mãe?! hahahahahaahhahahahaha


Figurinha demais!

Bater em criança é um ato COVARDE!

Por que as pessoas acham que para educar os filhos têm que bater?



Sinceramente não entendo, não sou a favor de nenhum tipo de agressão, nem aquele tapinha de leve. Confesso que antes de entrar para esse mundo tão complexo que é o mundo materno, eu não achava nada de mais um tapinha pra aprender, mas pára e pensa: Todo mundo que faz coisa errada você vai lá e dá um tapa pra aprender? Não... e se der também vai tomar um de volta. Então por que se acha no direito de dar um tapa pra repreender uma criança, pelo simples fato de ser seu filho e você achar que tem o completo poder sobre ele? E ainda por cima se ele revida, apanha mais... Isso é um absurdo, é uma atitude completamente contraditória, você tentando ensinar algo que está errado, tendo uma atitude também errada.


Todo adulto é muito maior do que uma criança, um tapinha mesmo que seja aquele sem a nossa maior força se torna uma covardia. Imagine você, uma pessoa muito maior te dando um tapa? provavelmente a força dessa outra pessoa é maior que a sua... é o mesmo caso com uma criança!


Quem ama não agride, não bate, não belisca. E se faz isso e diz que ama, têm problemas de descontrole emocional, não sou a favor de gritar também, em um momento extremo de pura birra é preferível soltar um grito do que um tapa. Mas mesmo assim, a melhor coisa é "ignorar" a birra, conversar, beijar, abraçar, acarinhar a criança.


Nada melhor do que um carinho de mãe.


Incrível como nesse mundo tão moderno, ainda existem pessoas que acham que batendo é a melhor maneira de educar.


Vamos mudar esse pensamento tão ultrapassado!





Bater em adulto é agressão!


Bater em animais é crueldade!


Bater em criança é COVARDIA!



Maravilhosa campanha da PR (Pediatria Radical)

Coração aos pedaços


Vi a reportagem de uma criança de 1 ano e 2 meses que foi retirada da mãe, aliás retirada não arrancada dos braços dela sem dó nem piedade, o motivo? A mãe foi acusada de pedir dinheiro na rua e tentar sensibilizar as pessoas usando a criança. Tá certo que pedir dinheiro na rua não é a atitude mais certa, essa mãe é uma cigana e infelizmente pelo que se vê tem acesso a poucas informações mas quem somos nós pra julgar isso. Mas o fato é que essa criança não deveria ter sido arrancada de forma tão brutal, talvez ela ficará melhor em um abrigo, mas isso teria que ser preparado como a própria psicóloga do abrigo disse, ou mesmo a justiça dar uma ajuda pra essa mãe poder criar a filha com mais dignidade

As imagens não me saem da cabeça e de pensar como a criança esta sofrendo com a separação dói na alma, foi um ato desumano.

Não penso na mãe mas na filha, no bebê que só tem a mãe como referência pra tudo, a mãe é seu porto seguro, me corta o coração. E nessas horas que vejo o quanto amor que tenho pela minha filha e o quanto perderia o chão e enlouqueceria se ficasse sem ela.


E pra justiça Vergonha!!!


Como sempre mostrando que são despreparados!!!

Mais uma da Manu

-Manu, dorme olha o gato embaixo da sua cama!

Ela se levanta olha bem pra mim e fala:

-Mãe, suxega! Não tem gato nenhum!

Toma cara de concha! hahahahahahaha

O primeiro All Star...

Quem nunca teve um All Star?


Não conheço ninguém, que pelo menos na infância já não teve algum, seja ele azul marinho, preto ou o clássico vermelho.


Ontem minha baixinha linda ganhou com seu primeiro All Star... claro que pra uma princesa não poderia ser nada básico, lógico que teria que ser um especial.





Está ai, seu primeiro All Star em verniz:



Minha princesa é linda e estilosa!

e eu uma mãe muito orgulhosa... de sua obra-prima!

"Estragando crianças"

A gente sempre escuta das pessoas comentários típicos de que se a gente mimar muito os filhos vamos acabar estragando-os. Abaixo tem um pequeno texto de um pediatra chamado Carlos Gonzáles que diz tudo sobre isso, um ponto de vista excelente:

"É impossível estragar um bebê dando-lhe muita atenção. Estragar significa prejudicá-lo. Estragar uma criança é bater nela, insultá-la, ridicularizá-la, ignorar seu choro. Contrariamente, dar atenção, dar colo, acariciá-la, consolá-la, falar com ela, beijá-la, sorrir para ela são e sempre foram uma maneira de criá-la bem, não de estragá-la. Não existe nenhuma doença mental causada por um excesso de colo, de carinho, de afagos... Não há ninguém na prisão, ou no hospício, porque recebeu colo demais , ou porque cantaram canções de ninar demais para ele, ou porque os pais deixaram que dormisse com eles. Por outro lado, há, sim, pessoas na prisão ou no hospício porque não tiveram pais, ou porque foram maltratados, abandonados ou desprezados pelos pais. E, contudo, a prevenção dessa doença mental imaginária, o estrago infantil crônico , parece ser a maior preocupação de nossa sociedade."


Carlos González (Pediatra)


Ale, lendo o que você escreveu ontem no seu blog lembrei muito desse texto.


Terrible Two!


Ai ai, pra variar me contradigo sobre mais uma coisa em relação a educação das crianças, sempre achei que criança mal educada era a culpa dos pais, mas nem em todos os casos isso tem a ver.
Aqui por exemplo entramos na temida fase do "Terrible Two" (achei que isso fosse apenas uma teoria, me enganei). De uns dias pra cá noto que a Manuella tem mudado um pouco seu comportamento, não obedece, sempre dizendo "não" pra tudo, está um pouco agressiva quando é contrariada, parece que faz as coisas de propósito.
O "Terrible Two" é a fase em que a criança está se desenvolvendo para a sua independência, só que ela ainda não tem uma linguagem suficiente ou qualquer outro meio de manifestar suas necessidades e as suas frustrações a não ser com choros, birras e a negatividade.

Quando a criança nessa idade, começa a dizer Não à Mãe, está dizendo SIM a SI Mesma. ( Françoise Dolto)

Vou falar que essa fase é bem difícil, aliás acho que foge do controle de nossas mãos, pois ao mesmo tempo que podemos "mandar" nos filhos, não podemos simplesmente passar por cima das vontades deles, afinal são seres humanos também, tem sua própria personalidade, e por mais que somos mães não podemos obrigá-los a viver como queremos. Ai que entra um exercício de respiração funda, contagem até 1.000, pensar na borboleta azul que está voando no jardim, tudo pra não perder a paciência e soltar aquele belo grito. Aliás vão ser dois modos diferentes de gritar, o filho dando seus primeiros gritos de independência e você dando seus gritos de sem paciência. Vai resolver alguma coisa? Claro que não! Quanto mais rápido seu filho tiver a impressão de que é ele quem toma as decisões da sua própria vida, mais rápido ele passara por essa fase.
Portanto, lendo muito sobre esse assunto, os conselhos que eu consegui cai apenas em um só lugar:

Paciência, muito amor e compreensão!

Boa Sorte pra nós que acabamos de entrar em um novo ciclo da vida!

1 ano e 8 meses atrás!


Há exatos 1 ano e 8 meses nasce a minha maior felicidade!


Pouco tempo de vida, mas é capaz de tornar meus dias com muito mais cor, torna tudo com muito mais sentido.


A sua voz dizendo "Oi, mamãe" quando acorda é capaz de encher meu coração de alegria, faz bater mais forte, rega a plantinha do amor que você plantou no meu coração, que a cada dia fica maior e mais florida, o adubo é uma coisa tão simples que riqueza nenhuma compra, é um sorriso, um olhar, um beijo, um abraço.


Parabéns filha linda! Eu te amo demais...




Aos olhos do Pai, você é uma obra prima,


que ele planejou... Com suas próprias mãos pintou.


A cor de sua pele, os seus cabelos desenhou,


cada detalhe num toque de amor.

Baile de Carnaval

Hoje (pois é, depois de uma semana do carnaval) teve o Baile de Fantasia na escola da Manu.
Minha pequena foi fantasiada nada mais nada menos do que uma princesa.




Apresento à vocês minha Branquinha de Neve






E ainda teve a Convenção de Princesas do Reino Paraíso dos Baixinhos










Blog de cara nova!


O blog está de cara nova, bem mais bonitinha, vamos assumir.

Obrigada Ale, sempre me ajudando!

Aliás, Ale é uma das madrinhas virtuais da Manu, é virtual porque a conheci em uma comunidade de bebês que nasceram na mesma época chama-se: BMJJ (Bebês Maio Junho e Julho de 2008), mas hoje é uma grande amiga querida e muito atenciosa, tem uma filha linda que é minha afilhada virtual chamada Sofia, é uma princesa, muito esperta e engraçada!
Tenho também outra amiga super querida, Lais que também é uma das madrinhas virtuais da Manu, minha companheira diária de conversas, mamãe do Dani, um menino lindo e apaixonado por carros, meu afilhado virtual também. E a Fran, que nos conhecemos ainda na gravidez, um pouco antes dos bebês nascerem e uma amizade que dura até hoje, Matheus é o nome do pequeno grande homem da Fran. Sim, e tudo isso através da internet. E sabemos muito bem o carinho que temos umas pelas outras, a sinceridade que existe nessas amizades. Hoje passamos apenas do virtual e nos conhecemos no mundo real, mas infelizmente com o dia a dia não podemos nos ver periodicamente, mas nos falamos todos os dias, dividimos experiências, contamos segredos, desabafamos.

Amizade super importantes, que eu quero levar por toda a vida, vendo nossos bebês crescerem e se tornando tudo aquilo que sonhamos!

Era uma vez...

Era uma vez uma lagartinha. Certo dia andando pelo jardim resolveu formar uma casinha pra se proteger e dormir, e por lá ficou por 9 meses.




Com todo esse tempo essa lagartinha foi mudando, se tornando não mais uma lagarta, mas sim uma borboletinha linda, bem colorida e feliz.




Essa borboletinha achou que já não precisava mais da sua casinha e resolveu sair.




Olha só a borboletinha hoje voando sozinha pelo seu próprio jardim, linda e muito graciosa!

Comprindo dois papéis!




Isso é um assunto muito bem resolvido pra mim, mas resta algumas dúvidas de como abordar esse assunto quando a Manu começar a entender e me questionar o fato. Estou falando do pai dela, como muitos sabem tivemos um relacionamento bem fracassado, mas fizemos a melhor coisa de nossas vidas: Manuella.


Esse é nosso assunto em comum, quando ela nasceu ele ainda fez suas vezes de pai, assistindo o parto, acompanhando um pouco do dia a dia da nossa pequena, a via com mais frenquencia, comprava presentes, mas com o tempo ele foi ficando mais ausente, eu nunca o proibi de visitar a filha, ele pode vê-la quando quiser, desde que não atrapalhe a rotina dela, enfim, ele deve ter seus motivos pra isso que não me cabe julgar.




Mas a questão é: e quando ela começar a me questionar sobre o pai?




Jamais vou falar mal dele, muito pelo contrário, nem tenho mágoas para fazer isso. Deixarei bem claro pra ela que EU fiz a minha parte, e fiz sim, quem acompanha sabe que eu poderia muito bem prejudicá-lo obrigando a cumprir com seus deveres de pai (falando de $), mas não fiz e nem vou fazer isso, acho que um homem sabe de suas responsabilidades.




Não vou mentir pra ela, vou tentar cumprir esse papel da melhor maneira possível.




E me orgulho muito de ser Mãe e Pai da minha filha. =)

Prodígio?

Sábado fomos ao McDonald's, a Manu olhou pra cadeira de madeira que continha um M de Mc e falava "Mamãe", tudo bem que crianças já devem nascer sabendo o que é McDonald's mas não era nada relacionado as cores do próprio (amarelo e vermelho). Eu perguntava "o que?" e ela apontava para o M e falava "Mamãe", insisti algumas vezes e ela afirmava.



Será que ela relacionou M de Mc com M de mamãe?






Nessa foto dá pra ver
o "M"...





Tá, tá bom, sou muito coruja. Mas fiquei perplexa!
A Aline também pensou a mesma coisa.

Colhendo um pouquinho do que plantei!

É realmente inexplicável a sensação maravilhosa de receber amor de um filho, é um amor puro, verdadeiro e sincero, que realmente emociona.



Domingo a Manuella me viu chorando, ela com suas pequeninas mãozinhas pegou em meu rosto e falou:



-Mamãe cholando? Dipulpa? e me deu um beijo.



Naquela hora eu percebi que nunca na minha vida recebi um carinho tão sincero, aquilo me tocou profundamente, pra algumas pessoas pode ser a coisa mais fútil do mundo, mas pra mim confortou meu coração da tristeza que eu estava sentindo. E nem era por causa dela, mas mesmo assim se sentiu "culpada" por eu estar chorando.



E nunca irei esquecer a primeira demonstração de carinho da minha pequena "ogrinha".

Saindo das fraldas!


Literalmente saindo das fraldas.

Manu agora não quer mais usar fralda, só que o processo não é assim tão fácil, leva um tempo pra criança se adaptar a pedir para usar o banheiro nas horas certas de suas necessidades fisiológicas, então sempre vai escapar um xixizinho na sala em cima do tapete, um cocôzinho na calcinha e por ai vai.

Alguns acertos e muitos erros vamos levando e incentivando.

Agora só falta a pequena diferenciar o xixi do cocô, pois tudo pra ela é cocô.

E o mais legal é depois que faz no seu piquico (penico) suas necessidades sempre rola a sessão despedida ao cocô/xixi, jogo no vaso sanitário e lá vem ela:

Tau cocô, vai bora!

Só fico imaginando nesse calor e os pequenos com essas fraldas quentíssimas, suando, tadinhos.

Ela sempre me pede, acho que quando incomoda: Tila main, num quélo!

Tudo caminhando no seu devido momento, e meu bebê se tornando criança! =)

Primeiros diálogos


Uma coisa que eu não tive problema nenhum com a Manu foi em relação as primeiras palavras, começou a balbuciar as palavrinhas mais simples como mamã, vovó, tete, pepe, e cada dia mais enriquecendo seu vocabulário até chegar ao ponto em que estamos agora, que por sinal é encantador, surpreendente e muito engraçado. A cada manhã que acorda tenho a certeza que lá vem mais um dia de descobertas fantásticas pela frente, a poucos dias tivemos o nosso primeiro diálogo construtivo:


-Mamãe!

-Oi filha.

-Pietro, gadinho pá mim.

-Você pediu salgadinho pro Pietro, Manu?

-É, Dudu abém.

-Pro Dudu também filha?

-É.

-Manu, por acaso você anda comendo o lanche dos seus coleguinhas da escola?

-É, e cuco (suco) também!


Eu não me aguentava de tanto rir, isso foi um diálogo pré-soninho, estávamos deitadas na caminha dela, Manu estava quase dormindo me contando que come lanche dos coleguinhas de escola.

Outra vez o diálogo não foi comigo, e sim com o vizinho da minha mãe... Ela foi mostrar a cadeirinha que tinha acabado de ganhar, e ele perguntou onde estava a mamãe ela não sei da onde tirou pois estava dentro de casa, respondeu:

-Mamãe tá bebendo eveja!


Sim! ela respondeu que sua mãe estava bebendo cerveja, sendo que estava em casa... Pobre de mim, sendo caluniada pela própria filha!

Tem muito mais coisas que essa pequena notável fala pra mim e pras pessoas, já sabe o significado da palavra "obrigado", toda vez que oferecemos algo que ela não quer, responde com um: não, bigado!

Quando chega na escola já vai gritando do portão: Tiana (Tia Ana).

Ai a Tia Ana pergunta quem chegou? Ela fala com uma voz de menininha doce: A Manuu!


Linda, linda, linda!


E eu tenho sempre que andar com um babador.

Pequena estudante!


Uma nova etapa nas nossas vidas, tanto na minha e principalmente na vida da Manu. Começa agora, uma nova fase, onde a cada dia ela se torna menos dependente de mim, e consequentemente eu mais dependente dela.

Há um período em que os pais vão ficando orfãos dos seus próprios filhos. É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados. Crescem sem pedir licença à vida. Mas não crescem todos os dias de igual maneira. Crescem de repente.


Até ontem estava embalando minha pequena com canções de ninar, segurando a sua mãozinha a onde quer que fosse para não cair e se machucar, hoje estou vendo ela dar seu primeiro passo ao futuro, largando a minha mão e indo caminhar sozinha.


Hoje é apenas o primeiro dia na escola, primeira sala, primeira professora, primeiros trabalhinhos. Amanhã será um futuro brilhante! Agora é apenas o começo de uma estrada, uma longa estrada.

Quando a mamãe ama!


Nunca imaginei poder amar assim.

Querer alguém tão bem mais do que quero a mim.

Minha filha você tem o amor da mamãe pra sempre!


Cuidar de você é minha alegria.

Sentir o teu cheiro, te tocar.

Pegar sua mão e caminhar na vida.

Ouvir sua voz me chamar!


Pode precisar de mim, minha filha te amo!

Não importa a hora nem o lugar.

Quero estar ali pra te ajudar.

Um sorriso, um olhar, faz valer a pena.

Nenhum sacrifício é tão grande quando mamãe ama!


Eu sei que nem sempre vou conseguir, às vezes preciso te deixar ir.

Mas mesmo de longe vou te acompanhar.

E quando quiser, é só me chamar!


Recado de um filho para seus pais

Não tenham medo de serem firmes comigo, prefiro assim, isso faz com que eu me sinta mais seguro. Não me estraguem , sei que não devo ter tudo o que eu quero. Só estou experimentando vocês, não deixem que eu adquira maus hábitos, dependo de vocês para saber o que é certo ou errado. Não me corrijam com raiva e nem na presença de estranhos, aprenderei muito mais se falarem com calma e em particular. Não me protejam das conseqüencias de meus erros, às vezes prefiro aprender pelo caminho mais áspero. Não levem muito a sério minhas pequenas dores, necessito delas para obter a atenção que desejo. Não sejam irritantes ao me corrigir, se assim o fizerem eu poderei fazer o contrário do que me pedem. Não me façam promessas que não poderão cumprir, lembrem-se de que isso me deixará desapontado. Não me mostrem um Deus carrancudo e vingativo, isso me afastará dele. Não desconversem quando faço perguntas, senão procurarei nas ruas as respostas que não tive em casa. Não se mostrem como pessoas perfeitas e infalíveis, ficarei chocado quando descobrir algum erro seu. Não digam que meus temores são bobos, ajudem-me a compreendê-los. Não digam que não conseguem me controlar, eu julgarei que sou mais forte que vocês. Não desistam de me ensinar o bem, mesmo que eu pareça não estar aprendendo.
No futuro, vocês verão em mim o fruto daquilo que plantaram.

Fases


Com a minha "grande" descoberta sobre recém nascidos eu achei que ia ser mais fácil, mas nem tudo são flores, existem os frutos e frutos bem amargos. A fase das cólicas, noites mal dormidas, cansaço, palpites de todos os lados, que se fosse seguir à risca os conselhos teria que colocar a Manu pra dormir de ponta cabeça pendurada no varal no dia de lua cheia, rs (exagero, mas quase lá). Passado tudo isso, a cada dia a cada aprendizado a mãe com mais experiência vai tornando as coisas mais fáceis. Ai vem a fase do sentar sem apoio, do ficar de pé nos móveis, começar a dar os primeiros passos, suas primeiras aventuras subindo em tudo que tiver apoio, e confesso a melhor fase: começar a falar.

Dou tanta risada com as coisas que a Manu me diz, e faz que tem horas que é impossível chamar a atenção dela quando está fazendo algo errado.


A primeira "bronca" que ela me deu foi a poucos dias, com apenas 1 ano e 6 meses. Estávamos jantando, ela sentada em sua cadeirinha comendo sozinha, bonitinha, e eu a mãe mais criança que a filha comecei a cantar "A Galinha Pintadinha" que ela adora, mas como eu sempre falo pra ela que na hora da refeição tem que ficar comportada, Manu por sua vez se viu no completo direito de me chamar a atenção:


-Mamãe, xiiiu, feio!


Com o seu pequeno dedinho apontado em minha direção, pode uma coisa dessas?


Tá! e agora?

Nunca essa pergunta teve tanta intensidade na minha vida quanto no dia em que a enfermeira entrou no quarto da maternidade com aquele bebezinho nos braços me parabenizando, colocou no meu colo aquele ser que eu tinha acabado de conhecer, mas que era a coisa que eu mais amava na vida, só que um detalhe: não sabia o que fazer! O "tchau mamãe, se precisar é só chamar" não foi o suficiente, como assim SE precisar? Enfim, tudo bem.
Naquele momento olhei para o que estava em meus braços, a ficha caiu, minha filha. Ela estava dormindo como um anjinho, fiquei ali admirada olhando e pensando como podia ser tão linda, eis que esse momento não durou muito logo ela começa a chorar, não não, chorar não berrar!!! Ai a pergunta Tá! e agora? O que eu faço? Olhei para o leito ao lado, tinha uma mãe assim na mesma situação que a minha, porém ela não era de primeira viagem, ou seja, agia com a maior naturalidade, aquilo pra ela não era nenhuma novidade. Eu olhava o que ela fazia e fazia igual com a Manu, tentei amamentá-la, ela não quis, levantei com a maior dificuldade por causa da cesária, não adiantou, tentei de tudo faltou apenas das três pulinhos... agora é engraçado mas na hora todas as tentativas foram em vão, ela não parava de chorar, a moça me ofereceu ajuda, eu falei que não precisava que ela já estava cuidando da bebê dela, que conseguiria dar conta. Mas não consegui, com o berreiro todo que a Manu estava fazendo a enfermeira (a mesma que me abandonou) foi ao quarto ver o que estava acontecendo, a constatação foi que a pequena estava com a fralda cheia, coisa simples, e eu quase morri pra fazê-la parar de chorar! Como um passe de mágica a enfermeira, saiu e a trouxe de volta em pouco minutos com a fralda limpinha, e dormindo profundamente. Depois procurei onde estaria o botão de ON/OFF, não era possível, um minuto atrás estava aos berros e agora dormia!
Desse episódio entendi que o recém nascido precisava estar alimentado, limpinho, quentinho. Ufa, nada tão difícil e desesperador. Estava pronta pra próxima fase!

Beijos

Nove meses depois



"Como pode alguém ser tão demente, porra louca, inconsequente e ainda amar."




No auge dos meus 19 anos, era época em que eu estava mais perdida que surdo em bingo, pirando a minha mãe com as loucuras que eu fazia, era o momento que eu menos queria me prender a alguma coisa, não ligava pra nenhum compromisso, parei de trabalhar, minha vida era apenas balada 24 horas por dia, na minha casa eu era turista.


Entre idas e vindas de um namoro nada firme de praticamente 2 anos, numa tentativa de reconciliação, a bobeada mais certa que fiz na minha vida, engravidei!


Ai meu Deus, a realidade estava batendo na minha cara, mas nem assim eu não quis enxergar que aquilo estava acontecendo comigo, protelei a "descoberta" dessa gravidez 3 meses, com livre e espontânea pressão da Sra. Drigo, a irmã que escolhi pra vida, fui fazer o famoso teste do "Agora ou Nunca" , duas listrinhas foram o que marcaram o meu futuro até então incerto.


A pergunta que martelava na minha cabeça depois das listrinhas era: Por que Deus deu uma responsabilidade imensa que é ter um filho, pra uma pessoa que era a mais porra louca das amigas, a mais inconsequente? Como é que vou conseguir cuidar de outra pessoa se não cuido nem de mim mesma?


E a resposta de todas as perguntas era que nunca pode se subestimar, eu tinha sim capacidade pra ser outra pessoa, que eu tinha acima de tudo responsabilidade e maturidade pra prestar aquele papel que me foi submetido. E assim uma mãe foi se formando, desde a primeira ultra-sonografia onde eu escutei a primeira vez os batimentos do meu segundo coração, onde ali eu senti que realmente estava formando uma vida, isso é a coisa mais fantástica, sentir a barriga mexer com os movimentos dela, enfim, até o nascimento.


Às 21:35 do dia 1 julho de 2008, nasce então o meu pedacinho de gente, junto com ela nasce também um sentimento incrível e inexplicável. A partir dai que começou a minha verdadeira história, que eu contarei nos próximos posts, que prometem mais humor, com as situações passadas com a Manu e com as aprontações dela.




Beijos!


Com muito orgulho lhes apresento minha obra-prima!


Nunca tive interesse de ter um blog, confesso que por falta de paciência de atualizar os fatos.
Mas com toda evolução da minha filha, cada dia uma surpresa, uma alegria, uma descoberta nova, resolvi que deveria guardar essas lembranças em algum lugar, para que ela mais tarde possa ler, porque pra mim tudo ficará guardado na memória como momentos inesquecíveis.

Deixarei registrado aqui tudo que tiver a maior importância pra mim e pra minha linda borboletinha Manu.

Mesmo sendo inacreditável, cada dia eu a amo mais, como? Não sei, mas a cada dia que passa, cada palavra que ela diz, a cada sorriso, eu consigo amá-la mais ainda, talvez a explicação seja que amor de mãe é incondicional e parece tão irreal que seria capaz de dar a própria vida pelo pedacinho de carne que foi tirado do meu corpo, porque é assim que eu a vejo, como uma extensão de mim mesma, um pedaço do meu coração fora do meu corpo, pode até parecer egoísmo, mas não é- muitas mães acho que pensam exatamente como eu.

Bom acho que de primeira já consegui passar o propósito desse blog. Então termino por aqui com uma frase que digo à Manu todas as noites, bem baixinho em seu ouvido depois que adormece:
- Filha, meu coração bate conforme o teu, pois minha vida agora é sua. Te amo muito, estarei aqui pra te proteger de tudo que for ruim. Dorme com os anjinhos!
Beijos para todos, tchau!