Nunca essa pergunta teve tanta intensidade na minha vida quanto no dia em que a enfermeira entrou no quarto da maternidade com aquele
bebezinho nos braços me
parabenizando, colocou no meu colo aquele ser que eu tinha acabado de conhecer, mas que era a coisa que eu mais amava na vida, só que um detalhe: não sabia o que fazer! O "
tchau mamãe, se precisar é só chamar" não foi o suficiente, como assim SE precisar? Enfim, tudo bem.
Naquele momento olhei para o que estava em meus braços, a ficha caiu, minha filha. Ela estava dormindo como um anjinho, fiquei ali admirada olhando e pensando como podia ser tão linda, eis que esse momento não durou muito logo ela começa a chorar, não não, chorar não berrar!!! Ai a pergunta
Tá! e agora? O que eu faço? Olhei para o leito ao lado, tinha uma mãe assim na mesma situação que a minha, porém ela não era de primeira viagem, ou seja, agia com a maior naturalidade, aquilo pra ela não era nenhuma novidade. Eu olhava o que ela fazia e fazia igual com a
Manu, tentei amamentá-la, ela não quis, levantei com a maior dificuldade por causa da
cesária, não adiantou, tentei de tudo faltou apenas das três
pulinhos... agora é engraçado mas na hora todas as tentativas foram em vão, ela não parava de chorar, a moça me ofereceu ajuda, eu falei que não precisava que ela já estava cuidando da bebê dela, que conseguiria dar conta. Mas não consegui, com o berreiro todo que a
Manu estava fazendo a enfermeira (a mesma que me abandonou) foi ao quarto ver o que estava acontecendo, a constatação foi que a pequena estava com a fralda cheia, coisa simples, e eu quase morri pra fazê-la parar de chorar! Como um passe de mágica a enfermeira, saiu e a trouxe de volta em pouco minutos com a fralda
limpinha, e dormindo profundamente. Depois procurei onde estaria o botão de
ON/
OFF, não era possível, um minuto atrás estava aos berros e agora dormia!
Desse episódio entendi que o
recém nascido precisava estar alimentado,
limpinho, quentinho. Ufa, nada tão difícil e desesperador. Estava pronta pra próxima fase!
Beijos